Esta teoria foi questionada pela descoberta de uma galáxia considerada descendente das grandes galáxias elípticas relativamente próximas, e que, apesar de pequena, é também maciça e, portanto, muito densa. Esta descoberta surpreendeu os astrônomos porque leva a pensar que as galáxias cresceram em tamanho sem absorver estrelas.
"É como descobrir, de repente, que o Londinium romain tinha a mesma população que a Grande Londres atual", comentou o astrofísico Karl Glazebrook. Os autores do estudo, três cientistas das Universidades de Yale, Princeton (Estados Unidos) e Leiden (Holanda), observaram durante 29 horas esta curiosa galáxia batizada 1255-0, graças ao espectógrafo GNIRS trabalhando próximo ao infravermelho do telescópio Gemini South.
Devido à defasagem em relação ao vermelho de seu espectro luminoso, eles calcularam que ela estava afastada da Terra 10,7 bilhões de anos-luz, ou seja, sua luz que vemos hoje foi emitida quando o universo tinha apenas 3 bilhões de anos. Apesar de seu sinal muito fraco, eles consideram também medir a velocidade média da rotação das estrelas em torno do centro da galáxia. Como esta velocidade é muita elevada, eles deduziram que ela era quatro vezes mais compacta que a Via Láctea ( nossa galáxia, que é uma galáxia espiral), mas seis vezes menor.
Como a das outras galáxias, a evolução das galáxias elípticas deve obedecer a regras, mas elas ainda precisam ser descobertas, segundo Glazebrook, que previu que algumas galáxias parecidas com a 1255-0 vão ser descobertas nos próximos anos, permitindo talvez a elaboração de um novo modelo.
Postar um comentário